PEDRAS x VIDRAÇAS
Um ditado popular muito usado em política diz assim; “atirar pedra
em vidraça é fácil, quero ver é ser vidraça!”. Realmente quem está no poder
político administrativo deve estar preparado para ser vidraça, porque a
oposição com certeza não vai deixar nada “barato”. Cada oportunidade de
criticar vai ser potencializada.
Ora, isto com certeza em muitos municípios vai ser uma situação digna de
assistir de “camarote”, pois, após longos anos no poder, um grupo é obrigado a
sair do cenário político (do poder) pela força do voto. E agora, ficam torcendo
para tudo dar errado – ou não?! – e depois de longos anos de poder, ainda com
as cicatrizes das últimas “pedradas”, começam a “catar pedras” para jogar na
mais nova “vidraça” do município.
Agora resta saber se esta “vidraça” está preparada para receber as
pedradas. Na verdade, somente o tempo
vai nos dizer isto. As “pedradas” vem aí... e podem ser um "temporal"...
Para que não aconteça a reviravolta dos vidros que viraram pedras e vice-versa,
a atual administração municipal que passou por este processo de mudança, deve
trabalhar muito em prol do município, com dignidade, honestidade e
transparência. Pois, com certeza, já existem comentários nada agradáveis contra
o poder público em vários municípios.
Pode ser que haja uma grande dose de maledicência. Ou já são “pedradas”? Será?
Com maldade ou sem maldade, verdade ou mentira, “pedras pesadas ou sem peso”,
existem muita “gente” dizendo estar descontente com a oposição e com a
situação.
A minha maior preocupação é que algumas
pessoas comecem a disseminar mais um ditado – o da coleira – aí eu vou comprar
a “parada”, pois, temos de dar tempo ao tempo e acreditar nas pessoas que se
comprometeram com a população. Devemos manter acesa a chama da esperança nas
pessoas de bem dentro da política que ainda são bem-intencionadas.
Principalmente, lembrá-las das necessidades
de mudança política para promover ações positivas, indo ao encontro das
expectativas e bem-estar geral de um povo, mudança de valores éticos de um
sistema no mínimo inoperante, e assim por diante.
A vida é como uma gangorra, cheia de altos e baixos. Um dia somos pedras, no
outro somos vidraças. Temos de nos
preparar para todas as circunstâncias. Quando estivermos embaixo,
devemos pensar que um dia estaremos lá em cima. Então, porque hoje não nos
tornamos pedras que apóiam a vidraça, para que ela fique mais firme e mostre
com toda transparência e luz o interior do ambiente público? Dando tempo ao tempo estaremos também,
fortalecendo- nos como pedras. E, se algum dia precisarmos olhar o interior do
ambiente e as vidraças estiverem sujas, estaremos aptos para ajudar a limpá-las.
Mas, se somos vidraças atualmente e em algum tempo fomos pedras, resta saber
agora qual foi nossa atitude como pedra? Quebrávamos vidro limpo e vidro sujo?
Era tão somente importante quebrar a vidraça? Os vidros estavam
sujos realmente? Que resultados esperam agora como vidraça, enquanto “lá fora”
existem nuvens de pedras se preparando para o ataque?
Somente a dignidade, a honestidade, a humildade, a competência, a labuta
diária, a transparência poderá fortalecer as vidraças contra qualquer “chuva de
pedras”. Eis o “guarda-chuva” correto de se usar nessas circunstâncias!
CARLOS AUGUSTO DE SOUZA